O Romance Regionalista

O Romance Regionalista surgiu no Brasil em meados do século XIX como uma evolução do Romantismo desenvolvido no pais a partir de 1836. Passando pelos romances Indianista e Urbano, suas características estruturais são mantidas, no entanto, o foco mudou.
No Romance Indianista, o principal objetivo era criar uma identidade nacional baseada no passado das suas origens, porém esse era inventado para que os brasileiros sentissem orgulho de sua pátria. Já no Urbano, a identidade nacional era valorizada de outro modo: descrevendo os valores e costumes da elite das grandes cidades, eram como um manual de boas maneiras e recurso de identificação do leitor com o personagem. O Romance Regionalista chega para mostrar as verdadeiras faces do Brasil para o brasileiro, elevando a formação de uma nação.
Os autores se apropriavam de diferentes regiões do interior do pais e representavam a figura de um brasileiro próprio, sem influências europeias, colocando em confronto o homem do sertão com o homem urbano e o antigo “bom-selvagem”, elementos nacionais.
A forma de circulação desse gênero era por meio dos folhetins, publicados nos jornais brasileiros, assim como acontecia no Urbano, o que possibilitou a democratização da literatura. Escrito em forma de romance com uma linguagem coloquial, mas que mantinha traços das diversas culturas, com a presença de sátiras e críticas sociais, esse gênero criou um novo tipo de leitor: aqueles que se interessavam pelas histórias e aguardavam pela próxima edição, principalmente as mulheres e os moradores de classe média dos centros urbanos.

Um comentário: